segunda-feira, 21 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DA GEOLOGIA PARA A SOCIEDADE

A Terra é um planeta dinâmico, em constante transformação, onde as mudanças globais ocorrem constantemente, em diversas escalas temporais.

 O conhecimento geológico sempre foi utilizado pela sociedade desde o surgimento da humanidade, de maneira a prover as necessidades básicas em termos de recursos minerais (pesquisa e prospecção mineral), exploração de materiais energéticos (combustíveis fósseis), na construção de obras civis (habitação, barragens, rodovias, túneis) e na descoberta de novos bens minerais. Mais recentemente, o papel das Geociências visa atender as demandas por soluções aos problemas ambientais, aplicado em áreas de risco, no planejamento urbano, no uso e ocupação do meio físico, nas avaliações de impacto ambiental e recuperação de áreas degradadas, na desertificação e nas mudanças globais. O conhecimento do meio físico e dos processos naturais que ocorrem em nosso planeta, ou seja, a compreensão geológica da natureza, ainda pouco divulgada e mantida no espaço dos especialistas, vem ganhando espaços de discussão cada vez maiores, uma vez que é fundamental para o desenvolvimento humano e sua sustentabilidade.

A espécie humana é mais uma entre tantas outras que surgiram entre outras espécies se extinguiram naturalmente, por mudanças das condições naturais do planeta, seja da atmosfera, do clima, das paisagens, da vegetação, dos continentes. A história das espécies e da Terra está escrita nos registros fossilíferos, nas rochas, nas montanhas, nos oceanos e é lida e divulgada pelo geocientista, que investiga, interpreta, mede, calcula, faz hipóteses e desenvolve teorias para recompor o passado e prever o futuro do planeta.
Vivemos numa camada de cerca de 100 km denominada crosta, a qual é uma fonte de conhecimento histórico sobre a natureza, sendo suporte da biosfera e da antroposfera.

É na crosta, ou pelo menos em uma parte dela, que vivemos e que a vida se desenvolveu no planeta. Compreender onde pisamos e as relações desse substrato com o nosso cotidiano em sua mais ampla perspectiva é compreender como os processos geológicos ocorreram, é entender como o planeta em que vivemos se formou, e essa visão implica em conscientização sobre nosso papel como mais uma espécie que habita a Terra, a única com capacidade de refletir sobre sua própria atuação e modificar sua postura.

As Geociências contribuem para essa visão integrada do ambiente, enxerga os processos em sua totalidade, nas mais diferentes esferas e escalas ao longo do tempo. Esta visão do conjunto de conhecimentos e idéias é essencial para promover uma nova relação do ser humano com a Natureza, mostrando a importância para o cotidiano dos cidadãos, pois abre possibilidades da sociedade tomar decisões e compreender as aplicações dos conhecimentos sobre a dinâmica natural na melhoria da qualidade de vida. A formação de cidadãos críticos e responsáveis com relação à ocupação do planeta e utilização de seus diversos recursos cria meios para diminuir o impacto ambiental das atividades econômicas, e também busca soluções para os problemas já existentes de degradação do meio ambiente.

O reconhecimento das Ciências da Terra como base para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável é um grande passo e uma grande responsabilidade para os profissionais da área. Para o geólogo, é o momento de investir na divulgação da Geologia e avançar na compreensão de que seu papel é fundamental para o desenvolvimento da sociedade que exige uma visão integrada para a solução dos problemas ambientais prementes.

Fichamento Do Filme “Escola Da Vida”


O filme começa mostrando uma premiação que é atribuída ao pai de Matt Warnner, o de melhor professor do ano. No momento que estava recebendo o troféu ele começa a passar mal e morre naquele mesmo lugar, algum tempo depois. Refletindo sobre a morte de seu pai, Matt concluiu que ele deveria ser o próximo professor do ano, pois, seu pai havia ganhado mais de quatro décadas consecutivas e, sentia-se obrigado a ganhar o prêmio em memória de seu pai.

Naquele mesmo período um professor foi apresentado em uma reunião como o novo professor de história: De Ângelo, o senhor D. Os alunos que estavam ali presentes o aceitaram com grande entusiasmo, perceberam que ele era diferente dos demais, pois possuía uma postura diferente; tanto no falar quanto no agir. Ao dialogar com os alunos o senhor D. não transmitia a idéia  de que os alunos observavam um professor autoritário mas de um amigo com quem poderiam contar.

Suas práticas metodológicas são eficazes, pois, além de despertar o interesse dos alunos faz com que os mesmos assimilam o que está sendo ensinado, de uma maneira prática e divertida. Porém ele não agradou a todos, pois vendo o seu sucesso e o quanto isso poderia significar na premiação de melhor professor do ano Matt o criticou fazendo acusações por acreditar que o senhor D. utilizava algum método ilícito para conseguir cativar e acima de tudo o respeito dos alunos,alegando que a maneira tradicional continua sendo a mais eficaz.

Após ter investigado a vida do senhor D, Matt pode perceber que ele era uma pessoa de boa índole: era amigo de todos no seu bairro, ajudava e amava o seu próximo e o mais importante, ele sofria de uma doença terminal que a cada momento consumia a sua vida - não havia muito tempo a perder. Ele amava a sua profissão, dava  suas aulas a cada dia como se fossem as últimas e as realizava da melhor maneira possível. As notas “A” de seus alunos eram apenas conseqüência de seu belíssimo trabalho tanto em sala de aula quanto nas atividades realizadas fora dela. Matt então pode perceber que estava equivocado quanto ao julgamento que havia feito da conduta do professor. Pode observar que o senhor D. tinha apenas optado em não seguir a metodologia tradicional acreditando que o ensino seria muito mais produtivo se o professor se adequasse as necessidades dos alunos mostrando que a melhor forma de aprender algo é se divertindo.

Algum tempo depois o senhor D veio a falecer por complicações com a doença a qual enfrentava deixando a escola na qual lecionava. Contudo maior que a doença que o levou, foi o exemplo de vida que deixou para os alunos, e principalmente, para os professores de que é possível mudar a qualidade de ensino na escola da qual fazemos parte. Mas para que essa mudança venha a ter êxito ela deve ocorrer do particular para o geral, ou seja, é algo que ocorre primeiramente dentro de cada um de nós

      O filme mostra de uma maneira clara e objetiva as principais práticas metodológicas e como a sua aplicação refletem na vida dos alunos, mas não somente o ensino-aprendizagem como algo restrito somente a escola, mas ensinando valores e respeito ao próximo tornando o estabelecimento de ensino numa verdadeira escola da vida.  

            A história apresenta a verdadeira realidade, que, ainda se faz presente no meio educacional, onde o tradicionalismo ainda é muito forte e as mentes dos profissionais do ensino possuem formulas prontas, sem nenhuma criatividade reflexiva que auxilie os discentes nas suas construções e autonomia. Isso vem a ser uma grande barreira que deve ser superada por aqueles que ainda estão em processo de formação. E como retrata muito bem o filme, o profissional da atualidade deve ter capacidade e discernimento, principalmente, quando se trata da diferença entre um professor e um educador e a habilidade de estar em constante adaptação à realidade vivida por todos dentro do meio educacional, sempre inovando seus métodos, para alcançar uma aprendizagem de excelência.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Informações sobre o Cursinho

______CURSINHO "REVISÃO UEPA"______

Começa dia 11/09.
Funcionará todos os sábados, a partir das 8h das manhã, durante 3 meses na Escola EDUARDO ANGELIN, na Vila dos cabanos.
Com aulas de revisão de BIOLOGIA, QUÍMICA E FÍSICA para 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. E serão ministradas e auxiliadas por universitários do curso de Ciências Naturais.


  • Poderão participar somente alunos de escolas públicas.
  • Não será cobrado nenhum valor referente à matrícula, aulas ou materiais didáticos.

VAGAS LIMITADAS!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
DOCENTE: LUIZ ALBERTO CAVALCANTE GUIMARÃES
DISCENTE: AMANDA MAYARA CARVALHO DUARTE


RESUMO DA SÉRIE POEIRA DAS ESTRELAS

A série começa levantando alguns dos questionamentos mais antigos da história da humani-dade: “De onde viemos?” e “Como foi que o mundo começou?” Tudo isso movidos pela ânsia de compreender a nossa origem.

Todas as culturas já tentaram desvendar o mistério de onde viemos e de conhecer a origem do universo. Ainda hoje essa curiosidade vigora! Para os Drungas o mundo foi criado e será destruído por deuses, idéia semelhante é compartilhada ainda hoje pelo cristianismo. Já os babilônios e os egípcios acreditam que fora criado por vários deuses. Há também quem acredite que ninguém criou o mundo, o universo teria surgido do nada, como algumas tribos indígenas; ou ainda, há quem a creia que ele surgiu do caos sem ação externa de deuses. Um ponto que há em comum entre todas elas é que o mundo surgiu em algum instante do passado, e eis que a partir de então passa a existir o tempo. A ciência moderna por sua vez, também busca respostas para esses questionamentos, que é a teoria do Big Bang (uma grande explosão dera início a tudo, e tudo é resultado da energia liberada por essa explosão).

Em um momento da história, os dogmas da igreja católica não mais satisfaziam mais a curiosidade humana. Então surgiu a ciência. Os gregos foram pioneiros com a figura de Aristó-teles, que sugeriu um método intuitivo para explicar o universo – a Terra seria o centro de tudo – e também fez estipulações sobre a “gravidade”, ao afirmar que quanto mais pesado um corpo mais rápido ele chega ao solo. Esse permaneceu por muito tempo. Em meados a muitos conflitos religiosos, surgiram algumas idéias que duvidavam de Aristóteles, como a de Copérnico – aTerra é quem gira em torno do sol. Já Galileu Galie que derrubou a idéia de Aristóteles por meio da experiência, comprovou que o peso nada tem a ver com o tempo de queda. Usou o telescópio e observou um universo muito diferente daquele de Aristóteles e bem parecido com o de Copérnico.

Aproveitando as idéias de Copérnico, Keppler, acreditava no Heliocentrismo (o sol no centro do universo), diferentemente de Brahe, que defendia o Geocentrismo ( a Terra no centro do universo). Keppler definiu que os planetas giravam de harmonicamente em torno do sol e de forma elíptica, onde o sol maninha uma força que atraia os planetas para que permanecessem nessa orbita. Posteriormente, Newton defendia que tudo no universo era uma conseqüência de um sistema de forças. Ele desvendou a gravidade e a comprovou com a criação do Cálculo Diferencial Integral, demonstrando, matematicamente, que a força que atrai aos corpos para o solo é a mesma com que o sol atrai os planetas.

Einstein reinventou os conceitos sobre gravidade. Sua grande obra foi a teoria da relatividade. Para ele a gravidade é resultado da curvatura do espaço devido à ação dos corpos.

Para Gamow, o universo começou comprimido ao máximo, a tendência natural de tudo o que é quente é se resfriar e se expandir violentamente o começo desse processo foi rápido, mas, foi daí que toda a matéria do universo se formou, mais tarde elas foram de agrupando dando origem as estrelas e as galáxias até chegar ao que é hoje. Tudo isso a partir do Big Bang.

Imediatamente após a essa explosão, tudo o que existia era um fluido bastante quente, aos poucos essa matéria começou a esfriar num período de400 mil anos. Daí, a matéria já estava fria o suficiente para se agrupar e formar os primeiros elementos químicos: o H e o He, formando nuvens que entraram em colapso, dando origem as primeiras estrelas, assim como ao sol. Porém são corpos que morrem, e então, surgem os outros elementos.

Por volta dessa mesma época, supõe-se que também tenha se dado a formação dos planetas. A Terra era muito diferente da de hoje, a superfície era toda fluida de rocha incandescente e atmosfera era de gases sufocantes. Ainda hoje parte da terra é assim: os vulcões, esses quando entram em erupção liberam lava que ao se resfriarem, transformam-se em rochas. Assim aconteceu com a Terra, aquela massa fluida, se resfriou dando origem a superfície terrestre. O vapor liberado por esse resfriamento se condensou dando origem a água de nosso planeta. A maior parte da superfície formada ficou coberta por água, porém havia um único continente: a Pangea, que fora separada por em lento processo denominado de Deriva Continental (ocasiona-da pelo deslocamento de Placas imersas sobre rochas líquidas – o magma).

Antigamente, a Terra era constantemente atacada por asteróides e meteorito algumas eviden-cias ainda muito latente hoje em dia são algumas crateras gigantescas, como a de Arizona, nos EUA, em que o impacto disparou uma energia comparável com as bombas de hidrogênio. O desaparecimento dos dinossauros deve-se a outro meteorito que caiu aqui na terra. Outro impacto ainda maior, houve entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte, chamado de Thea, com o choque foi arrancado grande parte de sua massa,e o pedaço que ele arrancou do nosso planeta entrou em orbita ocasionando a Lua.

O nosso planeta é repleto de vida, não sabemos de onde ela veio, sabemos apenas que os seres vivos mantêm interação com o mundo a sua volta, absorvendo nutrientes e energia, eles crescem e se reproduzem, passando suas características a diante, podendo haver mudanças (mutações genéticas), o que permite a adaptação do indivíduo ao meio. A vida pode ter surgido da matéria inanimada e seguindo essa linha de pensamento, Miller, tentou reproduzir em laboratório as condições iniciais para a vida. Conciliando compostos químicos que se acreditava existir na Terra, são eles: amônia, água, gás hidrogênio e gás metano e gás carbônico; com a eletricidade. A conseqüência da experiência foi excitante para a ciência, a corrente elétrica fez com que compostos orgânicos se agrupassem dando origem a aminoácidos (compostos impor-tantes que existem nos seres vivos). Os organismos da época, semelhantes às bactérias, surgiram a um bilhão de anos depois da formação da terra. Todavia, como esses aminoácidos conseguiram se agregar para formar moléculas mais complexas dando origem a vida, ainda não se sabia. A resposta veio com Darwin e a teoria da evolução das espécies por adaptação ao meio, transferindo as característica para os seus descendentes. Apesar de haver teorias que defendem que microorganismos podem ter aparecido no planeta, a bordo de asteróides, encon-trando na Terra condições favoráveis para a vida ( Panspermia). Outros ainda crêem que a vida pode ter surgido em pequenas poças, no barro, e não na água – onde os nutrientes poderiam se encontrar diluídos.

RELATÓRIO SOBRE O MERCÚRIO NO AMBIENTE AMAZÔNICO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
DOCENTE: LUIZ ALBERTO CAVALCANTE GUIMARÃES.
DISCENTE: AMANDA MAYARA CARVALHO DUARTE.



RELATÓRIO SOBRE O MERCÚRIO NO AMBIENTE AMAZÔNICO
A palestra realizada na sexta feria, dia 27 de novembro, por volta das 10h da manhã, teve tema voltado para: “O Mercúrio no ambiente amazônico”. A palestra foi ministrada por Andréia Campos ICB/UFPA, atendendo a um convite do professor Yolando.
A priori, foram apresentadas as características químicas e físicas do mercúrio. O mercúrio se diferencia dos outros metais por ser o único a se apresentar em estado líquido na natureza a temperatura ambiente, formando vapores incolores e indolores e tem grande ponto de fusão e ebulição. Ele é um metal muito denso, e ainda possui uma tensão superficial alta o bastante para fazer com que o seja capaz de formar pequenas esferas perfeitas nas rochas e minerais onde é encontrado. Muitas características mineralógicas não se aplicam ao mercúrio pelo fato de ser um elemento líquido. Por exemplo, não se pode definir um grau de dureza.
O mercúrio dissolve facilmente o ouro, a prata, o chumbo e outros diversos metais; podendo formar ligas relativamente consistentes conhecidas como amálgamas. No ar tem a possibilidade de se alterar lentamente se recobrindo por uma película de cor cinza, mais conhecida como oxido mercuroso. Em elevada temperatura tem a facilidade de se oxidar mais rapidamente, promovendo uma coloração avermelhada, o óxido mercúrico vermelho (HgO). Combinar-se com outros elementos químicos, como o nítio, o enxofre e o cloro em temperaturas diferentes, formando compostos inorgânicos e sais, sendo que o mais comum é o enxofre, com o qual forma sulfeto de mercúrio insolúvel (ocorrendo na forma de cinábrio – HgS) que na é considerado tóxico. Ele é obtido pela combustão de seu sulfeto ao ar livre.
O mercúrio na forma natural surge da degradação da crosta terrestre a partir de vulcões e, provavelmente, pela evaporação dos oceanos. No entanto as fontes artificiais de mercúrio são mais diversificadas do que as naturais.
Seu uso na indústria é bastante abrangente podendo ser usado em termômetros, barômetros, lâmpadas, medicamentos, espelhos detonadores, corantes, fabricação de tintas, equipamentos eletrônicos, odontologia entre outros, embora tenha sofrido reduções, recentemente, devido a um controle mais efetivo, altas concentrações ainda estão presentes nos sedimentos associados à aplicação industrial desse metal. Há também grande incidência do uso deste na agricultura.
Empregado na medicina desde a antiguidade, o mercúrio vem sofrendo por outros medicamentos menos poluentes e menos tóxicos. A pesar de que, ainda hoje usa o bicloreto para anti-séptico, o colagogo e purgativo. Em outros casos se apresenta também em pomadas dermatológicas e oftalmológicas. Sendo também utilizado em casos de sífilis visceral e os diuréticos, porém já estão praticamente abandonados. E em outros casos ainda é empregado como anti-sépticos em ferimentos, por ter grande capacidade de eliminar bactérias, por exemplo.
As atividades industriais e a utilização de combustíveis fósseis em geral são acompanhadas por grandes derramamentos de mercúrio. Quando um curso de água é poluído pelo mercúrio, parte deste se volatiliza na atmosfera e depois torna a cair em seu estado original com as chuvas. Outra parte absorvida direta ou indiretamente pelas plantas e animais aquáticos circula e se concentra em grandes quantidades ao longo das cadeias alimentares. Além disso, a atividade microbiana transforma o mercúrio metálico em mercúrio orgânico, altamente tóxico.
Este metal é o único a comprovadamente sofrer biomagnificação ao longo da cadeia alimentar. Os ecossistemas aquáticos são os mais vulneráveis, por estarem mais expostos ambientalmente, configuram-se como os de maior risco, a maior preocupação nesse caso, reside no fato de que o metal tem grande facilidade de se alojar no organismo de peixes – o que em nossa região é consumido em grande escala.
Para outros grupos ambientalmente expostos, o risco para a saúde humana é grande, pois, Uma vez absorvido, o mercúrio é passado ao sangue, é oxidado e forma compostos solúveis, os quais se combinam com as proteínas dos tecidos.
Os compostos solúveis são absorvidos pelas mucosas, os vapores por via inalatória e os insolúveis pela pele e pelas glândulas sebáceas.
O mercúrio interfere no metabolismo e função celular pela sua capacidade de inativar as enzimas, deprimindo o mecanismo enzimático celular.
À medida que o mercúrio passa ao sangue, ligam-se as proteínas do plasma e nos eritrócitos distribuindo-se pelos tecidos concentrando-se nos rins, fígado e sangue, medula óssea, parede intestinal, parte superior dos aparelhos respiratório mucosa bucal, glândulas salivares, cérebro, ossos e pulmões. È um tóxico celular geral, provocando desintegração de tecidos com formação de proteínas e por bloqueio dos grupamentos que inibem sistemas enzimáticos fundamentais e oxidam as células. A nível de via digestiva o mercúrio exerce ação cáustica responsáveis pelos transtornos digestivos (forma aguda). No organismo todo, enfim o mercúrio age como veneno.
E por se tratar de um agente teratogênico a preocupação aumenta ainda mais, ou seja, pelo fato de que pode ocasionar danos ao embrião durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (retardo de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental.
As intoxicações por mercúrio variam seus sinais e sintomas de acordo com o nível de intoxicação, aguda, subaguda e crônica. Um caso clássico de intoxicação por mercúrio ocorreu em 1953 no Japão, quando dezenas de pessoas morreram em conseqüência da intoxicação por mercúrio. A cidade, denominada Minamata é uma região de pesca e a maioria dos doentes vivia dessa atividade, consumindo peixes regularmente. Com o passar do tempo começaram a sentir sintomas como perda de visão, descoordenação motora e muscular. Mais tarde descobriu-se que as deficiências eram causadas pela destruição dos tecidos do cérebro, em razão da contaminação por mercúrio. Até então não se sabia de que maneira a contaminação havia ocorrido.
Esse mistério só veio a ter solução anos mais tarde, quando descobriram que uma indústria local utilizava um composto de mercúrio, que ao atingir a baia de Minamata, incorporava-se a cadeia alimentar dos peixes. Os compostos orgânicos presentes na carne dos peixes, causava doenças às pessoas que a consumiam. O que mais tarde cominou na má formação das crianças geradas por essas pessoas.
Outro exemplo citado pela palestrante sobre casos de contaminações foi o corrido em garimpos aqui na região amazônica, principalmente a partir da década de oitenta várias técnicas de exploração, como na famosa jazida conhecida mundialmente como Serra Pelada. Ali o minério de ouro era garimpado e depois devia ser purificado, onde o garimpeiro misturava o mercúrio que ao ser aquecido, passa a ser inalado pelo garimpeiro (intoxicação por via respiratória), o mercúrio também entra em contato com a pele devido a técnicas precárias de manuseio do metal (intoxicação por via cutânea) e o é perdido, ou ate mesmo jogado fora causando danos ambientais a plantas e animais que quando ingeridos causam doenças as pessoas que os consomem.
Os danos causados pelo mercúrio são graves e em grande parte dos casos permanentes. O mercúrio tem sido considerado um poluente ambiental do mais
alto risco à saúde humana, sendo, por isto, um dos mais bem estudados. Os
efeitos biológicos deste metal e seus derivados são extremamente variados, abrangendo desde efeitos citológicos e reprodutivos (principalmente teratogênicos) até neurológicos, sendo estes já bem estabelecidos. No entanto, sua possível associação no processo carcinogênico, bem como seus efeitos genotóxicos, não está bem esclarecida, apesar da existência de inúmeras evidências de seu efeito ao nível do DNA. O painel global dos efeitos biológicos do mercúrio e seus compostos em humanos demonstram que, apesar das inúmeras contradições, estes compostos apresentam conseqüências suficientemente graves que merecem ser cada vez mais estudadas. Estes estudos suplementares deverão servir como modelos para manter a integridade da saúde de pessoas expostas, essencialmente aqui na Amazônia, onde o processo de biotransformação do mercúrio inorgânico em metilmercúrio nos ambientes aquáticos é bem conhecido o que torna viável a exposição e contaminação humana – principalmente das comunidades ribeirinhas - pelo consumo de peixes contaminados.

Biologia - ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

ORGANELAS

Uma organela pode ser definida como uma determinada parte do citoplasma responsável por uma ou mais funções especiais. As organelas citoplasmáticas mais importantes estão citadas abaixo.

Mitocôndrias
Reticulo endoplasmático rugoso
Reticulo endoplasmático liso
Aparelho de Golgi
Ribossomos
Lisossomos
Peroxissomos
Vesículas revestidas por membrana
Microtúbulos
Centríolos
Microfilamentos


1) HISTOLOGIA DAS ORGANELAS


1.1) MITOCÔNDRIA
Função: fundamental importância no processo de respiração celular e no fornecimento de energia a partir da quebra da glicose. O fornecimento de energia provém do ciclo de Krebs, que ocorre no interior das mitocôndrias, onde a partir de uma molécula de glicose, se formam 38 ATPs, CO2 e H2O. Além disso, é na membrana mitocondrial interna que ocorre o sistema transportador de elétrons, que também fornece ATP.

Constituição: principalmente proteínas e lipídeos. Também há DNA, RNA, magnésio e cálcio. O DNA é composto de filamentos duplos e circulares. Quanto ao RNA, existe o rRNA, mRNA e o tRNA.

Estrutura: geralmente são alongadas e de tamanho e distribuição variáveis. São encontradas dispersas no citoplasma. A quantidade de mitocôndrias está diretamente relacionada com a necessidade de energia. Quanto maior a necessidade de energia, maior será o número de mitocôndrias encontradas no local, por exemplo, a cauda do espermatozóide, o fígado e o músculo estriado cardíaco. Microscopicamente as mitocôndrias apresentam duas membranas lipoprotéicas, uma membrana localiza-se mais externamente e a outra mais internamente em relação à estrutura da mitocôndria. A primeira é permeável, lisa e contém purinas, enquanto que a segunda é semipermeável e contém cristais mitocôndrias, citocromos e enzimas usadas na produção de energia.
O espaço entre essas membranas é o espaço intermembranoso. O espaço interno, limitado pela membrana interna é a matriz mitocondrial. É na matriz que existe a maioria das enzimas usadas na B oxidação e no ciclo de Krebs.






1.2) RIBOSSOMO
Função: síntese protéica.
Estrutura: existem dois tipos de ribossomos, um presente nos seres procariontes, cloroplastos e mitocôndrias e outro nos eucariontes. Os ribossomos são compostos por duas subunidades de tamanhos diferentes, que depois de prontas se separam e saem do núcleo pelo poro nuclear, passando para o citoplasma. Quando o ribossomo está disperso no citoplasma, recebe o nome de ribosoma livre e quando está aderido à superfície externa das estruturas membranosas, é chamado de ribosoma aderido.

Constituição: intensamente basófilos, compostos de quatro tipos de rRNA e 80 proteínas diferentes associadas, as quais unem-se para formar uma estrutura globular condensada.


1.3) RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
Funções: transporte. O retículo endoplasmático rugoso (RER) participa principalmente da síntese de esteróides e de outros lipídios, aos quais são destinados à exportação ou ao uso intracelular por organelas, como por exemplo, pelos lisossomos. O retículo endoplasmático liso (REL) participa da síntese de proteínas, mas suas funções variam de acordo com a célula em que ele se encontra, veja os exemplos a seguir. No fígado, o REL é responsável pelos processos de conjugação, oxidação e metilação. Já na glândula supra- renal, ele participa da produção de esteróides, pois ele contém algumas enzimas fundamentais para essa produção hormonal, enquanto que nas células musculares esqueléticas ele participa da ativação do cálcio e da contração muscular. Outra função é a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares.

Estrutura: existem dois tipos: o RER e o REL. O RER está presente maior número nas células especializadas na secreção de proteínas, por apresentar ribossomos. Já o REL, não apresenta ribossomos e sua membrana se dispõe sob a forma de túbulos, que se anastomosam profusamente, formando um sistema mais tubular.

Constituição: ambos por uma rede de túbulos e por vesículas redondas e achatadas intercomunicantes.




1.4) APARELHO DE GOLGI
Funções: completar as modificações pós-tradução, empacotar e colocar um endereço nas moléculas sintetizadas pela célula, fazer hidrólise de lipídios, terminar o processo de glicosilação, de fosforilação e de sulfatação e separar proteínas.

Estrutura: conjunto de vesículas achatadas e empilhadas que geralmente se localizam em uma determinada região do citoplasma. O tamanho e o desenvolvimento da organela são variáveis.

Constituição: as proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso são transferidas para o Aparelho de Golgi, onde se fundem com as membranas. No Aparelho de Golgi, o produto secretado é condensado em vesículas grandes, formando os grânulos de secreção.























1.5) LISOSSOMOS
Funções: digestão intracitoplasmática, renovação das organelas celulares, e metabolização de diversas moléculas. As substâncias do meio extracelular entram na célula através dos fagossomos. No interior da célula, o fagossomo se funde com o lisossomo primário. O processo de digestão inicia dentro de outro vacúolo, o lisossomo secundário.

Estrutura: vesículas delimitadas por membrana. Estão presentes em quase todas as células, mas em maior quantidade nos macrófagos. Geralmente são organelas esféricas e com aspecto granuloso.

Constituição: contém enzimas lisossômais (como: fosfatase ácida, glicuronidase, sulfatase, ribonuclease e colagenase) que variam com a célula. Estas enzimas são sintetizadas e segregadas no REG, transportas para o Aparelho de Golgi, onde são empacotadas, formando os lisossomos primários.






1.5) PEROXISSOMOS
Funções: oxidar substâncias orgânicas, prozudir peróxido de hidrogênio, participa da -oxidação, exporta acetil-CoA para o citossol, participa da síntese de ácidos biliares e de colesterol.

Estrutura: esféricas, envolvidos por membrana. Ele se divide por fissão.
Constituição: enzimas como a catalase, a urato oxidase e a D-aminoácidos e não possuem DNA e RNA. A catalase é uma enzima muito importante, pois ela oxida substâncias tóxicas ao organismo, inclusive o álcool etílico.

1.5) MICROTÚBULOS Funções: oferecer rigidez na forma das células, manter os prolongamentos celulares, dar simetria à célula, servir de suporte para as células na locomoção, servir como base morfológica para centríolos, cílios, flagelos e corpúsculos basais.

Estrutura: formado por treze subunidades de  e  tubulina, chamadas de herodímero. Organizadas em forma de espiral e com comprimento e estabilidade variáveis. Possuem eventuais comunicações entre um microfilamento e outro. A parte central do microtúbulo é denominada de axonema.

Constituição: depende do local. Miosina no músculo estriado. No restante das células, em geral, são constituídos por filamentos finos de actina e filamentos grossos de miosina associados às organelas. Também outras proteínas são visualizadas nos filamentos intermediários, que são constituídos por queratinas, por vimentina, por desmina, por proteína fibrilar ácida da glia e por proteínas dos neurofilamentos.

2) VISUALIZAÇÃO MICROSCÓPICA


Aula prática

MITOCÔNDRIA (Fígado)
-núcleo
-hepatócitos

LISOSSOMA (Sangue)
-glóbulos vermelhos

COMPLEXO DE GOLGI (Pâncreas)




3) PATOLOGIAS RELACIONADAS ÀS ORGANELAS

Miopatias mitocôndrias: patologia causada por mutações dos genes nucleares e mitocondriais. O genoma mitocondrial codifica um quinto das proteínas na fosforilação oxidativa, além de codificar espécies de tRNA e rRNA específicos da mitocôndria. Essas doenças podem se manifestar no início da idade adulta, com fraqueza muscular proximal podendo envolver os músculos oculares. Podem estar presentes sintomas neurológicos, acidose láctica e miocardiopatia. O achado patológico mais comum é o agregado de mitocôndrias anormais. As anormalidades são percebidas no tamanho e na forma das organelas.
Hipertrofia do REL: causada pelo uso prolongado de barbitúricos. Ocorre um aumento de volume do REL dos hepatócitos, onde a droga é metabolizada.
Leucodistrofia metacromática: deficiência dos lisossomos em realizar a sua função de metabolização de moléculas, ocorrendo por exemplo, acúmulo intracelular de cerebrosídios sulfatados devido à deficiência na enzima sulfatase, que geralmente está presente nos lisossomos.
Doença da célula I: ocorre deficiência da enzima que faz fosforização de proteínas no Aparelho de Golgi. Esta patologia se caracteriza por retardo mental e defeito no crescimento. As enzimas lisossomais podem ser encontradas no sangue, entretanto os lisossomos são vazios.

Curiosidades
A vida média da mitocôndria é de 10 dias.
Nas células musculares estriadas o REL é chamado de retículo sarcoplasmático.
A mitocôndria e a membrana celular são os primeiros a determinar se a lesão celular é reversível ou irreversível.
Poliribossomos são grupos de ribossomos unidos por mRNA.
As enzimas lisossômicas são capazes de degradar a maioria das proteínas e carboidratos, mas alguns lipídios permanecem não digeridos.
O REL é formado a partir do RER pela simples perda dos ribossomos aderidos.

CURSINHO UEPA - Física (Trabalho e Energia)

Física I
TRABALHO E ENERGIA
Profª: Amanda Duarte


1-Trabalho ( )

Para se colocar algum objeto em movimento, é necessária a aplicação de uma força e, simultaneamente, uma transformação de energia. Quando há a aplicação de uma força e um deslocamento do ponto de aplicação dessa força, pode-se dizer que houve uma realização de trabalho.Considere um objeto que está submetido a uma força e, devido a essa força, esse objeto sofre um deslocamento , como se vê abaixo:
A força pode ser dividida em dois componentes, e , como se mostra a seguir:
Observe que o componente de que realiza o trabalho é , pois é o que tem a mesma direção do deslocamento. O trabalho é definido como sendo o produto do componente pelo deslocamento sofrido pelo objeto e como , teremos:
No Sistema Internacional, a unidade de trabalho é o joule (J).No exemplo citado, a força mostrada é causadora do movimento do objeto, mas existem casos em que a força é de oposição ao movimento, como por exemplo, o atrito. Nessas situações o trabalho será negativo. Observe o quadro abaixo:


2-Energia Cinética ( )
Em física, a variação de energia cinética é a quantidade de trabalho que teve que ser realizado sobre um objeto para modificar a sua velocidade (seja a partir do repouso - velocidade zero - seja a partir de uma velocidade inicial).
Para um objeto de massa m a uma velocidade v a sua energia cinética, em um instante de tempo, é calculada como:



3-Energia potencial gravitacional ( )

É a energia associada a altura h de um corpo em relação a uma superfície de referência.

Epg .= m.g.h



4-Energia Potencial Elástica ( )

É a energia armazenada por um corpo ou sistema, quando este sofre uma deformação x.

Eel = k.x²
2

5-Energia mecânica ( )
EM = EC + Epot

Conservação da Energia Mecânica

A energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial.
Quando um objeto está a uma altura h, como já foi visto, ele possui energia potencial; à medida que está caindo, desprezando a resistência do ar, a energia potencial gravitacional do objeto que ele possui no topo da trajetória vai se transformando em energia cinética e quando atinge o nível de referência a energia potencial é totalmente transformada em energia cinética. Este é um exemplo de conservação de energia mecânica.
— Na ausência de forças dissipativas, a energia mecânica total do sistema se conserva, ocorrendo transformação de energia potencial em cinética e vice-versa. Podemos escrever:
E mec (início) = E mec (fim)



· Energia mecânica

· Sistema conservativo TEOREMA do Trabalho e Energia
τ = ∆Ec ou τ = Ec (final) - Ec (inicial)

— Temos que:
"O trabalho realizado pela força resultante F que desloca um corpo de uma posição para outra, é igual à variação de energia cinética".

Observe que a unidade de energia é a mesma de trabalho, ou seja, no SI é o joule (J).